O Cloridrato de Escetamina, também chamado de cetamina ou ketamine, é um medicamento descoberto nos anos 1960 como anestésico. Em 1970, o FDA, órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos, semelhante à Anvisa no Brasil, aprovou seu uso para indução e manutenção da anestesia.
Com o tempo, pesquisadores observaram que a cetamina tinha um efeito importante além da anestesia: a ação antidepressiva. Por isso, em março de 2019, os Estados Unidos e diversos países da Europa aprovaram a cetamina em spray nasal como tratamento para depressão resistente e para depressão moderada ou grave com ideação suicida.
O diagnóstico de depressão e a indicação do tratamento com cetamina são feitos por um médico psiquiatra, de acordo com critérios clínicos específicos. Em resumo, a medicação é indicada em duas situações principais: quando o paciente não responde a antidepressivos convencionais, caracterizando depressão resistente, ou quando apresenta risco elevado devido a pensamentos de morte ou suicídio.
A cetamina pertence à classe dos anestésicos dissociativos. Em doses menores do que as usadas para anestesia, ela demonstra efeito antidepressivo rápido e significativo, muitas vezes percebido em poucas horas ou dias. Enquanto isso, os antidepressivos tradicionais costumam levar semanas para apresentar resultados.
O tratamento pode ser realizado por via intravenosa ou intranasal. Durante o procedimento, a medicação precisa ser administrada em ambiente adequado, com acompanhamento médico especializado, já que pode causar efeitos colaterais transitórios e exige monitoramento durante e após cada aplicação.
Portanto, a cetamina representa uma alternativa inovadora no cuidado da saúde mental, oferecendo novas possibilidades para pacientes que não tiveram resposta com os tratamentos habituais e que precisam de melhora rápida em situações graves.

